Analfabetismo

Principal indicador do atraso de um país, o analfabetismo atinge em 1999 um total de 22,8 milhões de brasileiros, o que corresponde a 13,8% da população com mais de 15 anos de idade, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(PNDA) feita em 1999 pelo IBGE. Com essa taxa, o Brasil se inclui entre sete países latino-americanos com taxa de analfabetismo superior a 10%. Dessa lista também fazem parte República Dominicana, Bolívia, Honduras, El Salvador, Guatemala e Haiti. A maior parte dos analfabetos do país –27,5%- está concentrada na região Nordeste.

A pesquisas do IBGE mostra também que o analfabetismo tem maior incidência entre a população idosa, principalmente na faixa  de mais de 60 anos de idade. Há, proporcionalmente , mais mulheres analfabetas(16,1%) que homens(15,3%) nessa condição.

Analfabetismo funcional_ Além dos analfabetos propriamente ditos (ou absolutos), que não sabem ler nem escrever, há 30,5% de analfabetos funcionais: pessoas com mais de 15 anos com menos de quatro anos de escolaridade, segundo o IBGE. Os analfabetos funcionais conseguem ler e escrever de forma rudimentar, mas são capazes de entender textos mais longos, como um manual de trabalho numa fábrica. A Região Nordeste detém o maior índice(47,8%) de analfabetismo funcional, enquanto no Sul a proporção é de 23,2% e no sudeste, 23,1%.

Programas de alfabetização_ Para diminuir o analfabetismo o governo federal cria em 1997, numa parceria com empresas privadas e universidades, o Programa Alfabetização Solidária, vinculada ao programa assistencial Comunidade Solidária. O curso de alfabetização, com duração de cinco meses,é ministrado por instrutores treinados em universidades. Cada aluno custa 34 reais por mês –a metade desta despesa é bancada pelo MEC e outra metade, por empresas privadas e por pessoas físicas que colaboram com o programa.

 

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