Biodiversidade
Cientificamente, o
conceito de diversidade é um indicador ecológico relacionado com a quantidade de
espécies e indivíduos presentes nos ecossistemas.
Este parâmetro é
constituído basicamente por dois componentes distintos: riqueza e
dominância.
A riqueza é a
quantidade de espécies presentes no ambiente, enquanto que a dominância é um
indicador da distribuição dos indivíduos em cada espécie. Diversidades elevadas
ocorrem quando há grande numero de espécies (riqueza) e os indivíduos estão
distribuídos em quantidades mais ou menos similares entre as espécies. Assim, um
ambiente com 10 espécies, cada uma delas composta por uma população de 5
indivíduos, tem maior diversidade que um ambiente com as mesmas 10 espécies, mas
tendo duas populações com 100 indivíduos cada e as outras oito populações com 7
indivíduos.
A diversidade pode ser
medida através de índices ecológicos, como os de Shannon, Margalef, entre
outros, e são características fundamentais dos ecossistemas.
O termo biodiversidade
tem sido muito utilizado na última década, especialmente nos foros de discussões
científicas e políticas envolvidos com a preservação do meio ambiente a nível
global. Um bom exemplo disso é a convenção Eco-92, feita no Rio de Janeiro.
Nessa ocasião, os diversos segmentos da sociedade a nível mundial consideraram a
biodiversidade um ponto chave para o equilíbrio ecológico do planeta. Nesse
contexto, ela é entendida como todos os organismos vivos presentes no planeta,
distribuídos em espécies as quais povoam os mais diversos ecossistemas naturais
na terra e nos oceanos. É portanto um termo mais geral, o qual não está
vinculado a medidas ecológicas populacionais de cunho científico.
Ainda não foi possível
avaliar cientificamente se a biodiversidade é maior na terra (nos continentes,
inclusive nos rios e lagos) ou no mar. Sabe-se por exemplo que em termos de
grandes grupos, os oceanos comportam pelo menos 43 dos 70 Filos de organismos
vivos presentes hoje no planeta.
Em termos de
ecossistema, pode-se dizer que manguezais, recifes de coral, florestas tropicais
úmidas e a zona costeira dos oceanos são redutos especiais do planeta por
possuírem a mais alta biodiversidade.
A nível global a
biodiversidade está sendo seriamente ameaçada pelas mais variadas ações
antrópicas em todos os ambientes do planeta. A poluição do ar, oceanos, lagos
rios e solo; a devastação das florestas como a Amazônia e a Mata Atlântica; a
exploração descontrolada dos recursos naturais; a expansão imobiliária e a caça
predatória são alguns exemplos das muitas causas da redução progressiva da
Biodiversidade do planeta. Calcula-se que dezenas de espécies são extintas por
ano em todo o mundo, muitas delas sem terem sido sequer descobertas, descritas e
estudadas. O numero de espécies de peixes já descobertos no planeta é hoje de
cerca de 21.000, mas todos os anos dezenas de novas espécies são encontradas,
acreditando-se que este número seja superior a 28.000 espécies. Na Amazônia e
nas regiões abissais dos oceanos residem centenas ou mesmo milhares de espécies
ainda não descobertas
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