Antropólogos e cientistas sociais descrevem-na
como um comportamento aprendido e adquirido, a partir do momento em que se é
parte de uma sociedade. Todo grupo social tem suas próprias normas de
comportamento, que englobam conhecimento, crenças, artes, moral, leis, costumes,
etc.
O homem passa por uma escolha no momento em que
se torna membro da sociedade: a socialização ou a aculturação. Sua socialização
se estenderá a todos os aspectos de sua vida, enquanto sua cultura irá
determinar aspectos como conceitos familiares e hábitos alimentares, que por sua
vez serão determinados por seu clima, relevo, localização geográfica. E não
somente sua alimentação será influenciada por aspectos geográficos: em uma
conjunção com aspectos da crença da sociedade em questão, o cultivo ou não de
fibras terá influência direta sobre a indumentária.
A cultura de uma sociedade é mantida através de
sua transmissão de geração para geração. Neste ponto, o papel da linguagem é de
suma importância, já que ela é a base para a transmissão que utiliza a língua
como meio. A língua de um povo, mesmo que constituído por analfabetos, tem
complexidade suficiente para transmitir sua cultura a seus filhos, netos,
bisnetos, e assim por diante.
Sem sombra de dúvida, a cultura é a base da
sociedade. Dela dependerá o nível de desenvolvimento, a existência ou não da
fome e da miséria (muitos não comem carne na Índia, apesar da criação de gado
ser enorme, e a miséria do povo ainda maior, em função de sua crença religiosa),
índice populacional, enfim, a formação (ou deformação) de um país como um
todo.