EFEITO
ESTUFA
Estudaremos, aqui, as limitações de
uso das fontes convencionais de energia, e principalmente, os danos que
acarretam ao meio ambiente, o qual, à par de quaisquer outros, agravam o
problema do "efeito estufa".
Mesmo considerando um
rendimento de 100 % na reação de combustão dos combustíveis fósseis (petróleo,
carvão, xisto), teríamos uma elevação do teor de CO2 na atmosfera, além de
outros gases:
A queima de combustíveis
fósseis, agravada pelo acelerado e generalizado processo de desmatamento, está
causando um aumento irreversível e já assustador do teor de dióxido de
carbono na atmosfera. Antes da era industrial, este era sensivelmente
constante.
Essa pequena concentração de
CO2 é benéfica quando:
a) Tanto o CO2 quanto o vapor
d'água retêm parte da radiação solar, impedindo assim um excessivo resfriamento
da superfície da terra. Trata-se do denominado "efeito estufa" ainda de
intensidade favorável à vida na terra.
b) A existência de carbono na
atmosfera é condição necessária para a vida vegetal e, por conseguinte, para a
vida animal, posto que é fixado pelos vegetais clorofilados através do mecanismo
da fotossíntese.
O efeito estufa ocorre em
razão de que tanto o CO2 quanto o vapor d'água são transparentes às radiações
de pequeno comprimento de onda (ultravioleta) e opacos às radiações de grande
comprimento de onda (infra-vermelho) fazendo com que a radiação incidente não
seja liberada para fora da atmosfera terrestre.
Entre 1850 e 1950, com o
advento da era industrial, o teor de CO2 na atmosfera passou de 270 a 310
ppmv e desde então tem continuamente aumentado, a menos de pequenas flutuações
sazonais.
Em 1987 alcançou 350 ppmv e, a
continuar esta tendência de elevação, poderá ultrapassar os 600 ppmv dentro de
50 anos.
Antes da era industrial, a
quantidade estimada de carbono na atmosfera era da ordem de 550 x 109 toneladas
e, hoje, é da ordem de 700 x 109 toneladas. Esse incremento deve-se,
essencialmente, à queima de combustíveis fósseis, a qual é ainda mais agravada
pelo desmatamento de grandes extensões de florestas. Esse aumento da
concentração de CO2 trará, como já se observa, um aumento da temperatura média
da terra com inevitável descongelamento das regiões polares cujas conseqüências
nefastas não são difíceis de prever.
Assim, é chegada a hora de
serem tomadas medidas de curto prazo para sustar a crescente expansão da queima
de combustíveis fósseis, e utilizá-los de formas mais racionais.
Não parece lógico que se
use uma molécula que a natureza levou milhares, quiçá milhões, de anos para
sintetizar e armazenar e, em fração de segundos, transformá-la em CO2 . No xisto
e no carvão, principalmente, já existem compostos que poderiam ser usados
como intermediários na produção de fármacos.
Segundo dados do artigo "Le
gas carbonique dans l'atmosphére" de G. Lambert na revista La Recherche
189/1987, as emissões de CO2 em um ano, através da queima de carvão e de
petróleo, ascendem a 5000 x 106 toneladas de carbono. Artigo de igual teor foi
publicado na revista TIME INTERNATIONAL no qual o valor registrado é de 5320 x
106 toneladas de carbono, ou seja, essencialmente iguais.
Além disso, este
artigo indica que o total de carbono resultante da queima de florestas tropicais
(Amazônia, África Equatorial, Sudeste da Ásia, Indonésia) corresponde a apenas
1660 x 106 toneladas, desse total a Amazônia contribuindo com 340 x 106
toneladas. Sem pretender subestimar o agravamento do "efeito estufa"
pelo desmatamento da Floresta Amazônica (prato principal da mídia
internacional e dos ecólogos de plantão), temos que nos alertar contra o vilão
principal de toda essa estória que é, justamente, a queima dos combustíveis
fósseis, cuja maior fração (80%) corresponde aos chamados países
industrializados e civilizados (civilizados???).No Brasil, esse valor corresponde a um
insignificante 1%!!!
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