Estrela
Objeto celeste, em geral de forma
esferoidal, no interior do qual dominam temperaturas e pressões elevadas,
particularmente nas regiões vizinhas do centro. Constituem o elemento
fundamental do universo, agrupando-se em aglomerados, associações, correntes,
grupos, galáxias. As estrelas variam quanto ao brilho, cor, temperatura, massa,
tamanho, composição química e idade. À vista desarmada, o seu brilho é
aparentemente definido pela magnitude, que aumenta à medida em que aquele
diminui; por isso é possível ver, à vista desarmada, estrelas de até a sexta
magnitudes e até as de vigésima terceira magnitude com os telescópios mais
avançados.
Existem várias formas de
classificá-las. A mais usual as separa pelo grau de evolução do processo interno
de reações nucleares. Segundo essas fases, elas são chamadas de anãs, gigantes,
supergigantes, anãs brancas, novas, supernovas, nêutron e buraco
negro.
Anãs – Estão em estágio inicial de evolução. Apesar do nome, não
são necessariamente pequenas. O Sol é uma estrela anã. Em geral, as anãs têm
raio equivalente ao do Sol (696 mil km). Quando a temperatura no centro das anãs
atinge 10 milhões de graus Celsius, desencadeiam-se reações nucleares que vão
transformando os núcleos de hidrogênio em hélio e liberando energia.
Gigantes e supergigantes
– Em geral são as estrelas no
segundo estágio da evolução, embora esse processo não siga uma ordem rigorosa.
Continuam a queimar hidrogênio e a produzir hélio, elemento que já existe em sua
composição. Quando o hidrogênio acaba, o núcleo se contrai e esquenta, o que
provoca queima de hélio. O raio das gigantes é de dez a cem vezes maior do que o
do Sol. O das supergigantes é 3 mil vezes maior. Em ambas, a luminosidade é cem
vezes superior à do Sol.
Anãs brancas – Chegam a este estágio as estrelas gigantes que na fase
anã tinham massa equivalente a até 1,4 da massa do Sol. Ainda na fase gigante
elas crescem de tal modo que seu calor interno não é suficiente para esquentar
toda a superfície, o núcleo se contrai e as camadas mais externas se soltam. Ao
fim desse processo, que dura em geral 70 bilhões de anos, tornam-se anãs
brancas. A partir daí, a queima de hidrogênio e hélio diminui, fazendo com que
se esfriem e brilhem menos. Essas estrelas são algumas vezes maiores do que a
Terra (que é cem vezes menor do que o Sol) e têm densidade milhões de vezes
superior à da água.
Novas e supernovas -A nova surge a partir de uma explosão breve e
violenta de uma estrela anã branca, responsável por elevar sua luminosidade em
até 100 mil vezes. O fenômeno ocorre quando ela faz parte de um sistema binário
em que seu par, que era anã, está se tornando gigante e lhe transfere material
de suas camadas externas. Essa transferência gera novas reações termonucleares e
a explosão.
As supernovas são resultado da
explosão de estrelas supergigantes que na fase anã têm massa sete vezes superior
à do Sol. Nesse processo, elas ganham luminosidade 1 bilhão de vezes maior do
que a solar. Geram muita energia e têm temperaturas e pressão extremamente altas
em seu núcleo. Em vez de hidrogênio e hélio, são queimados carbono , nitrogênio
e oxigênio. Isso cria elementos pesados como o ferro, responsável por explosões
de grande intensidade. Nesse processo, a estrela pode explodir completamente e
virar buraco negro.
Estrelas de nêutrons – Evolução de estrelas supernovas que na fase
anã têm massa de 1,4 a 3 vezes superior à do Sol. Apresentam alta densidade e
cerca de 25 km de raio. Nascem da explosão de estrelas supernovas, são
constituídas inteiramente por gás de nêutrons e têm giro muito rápido. Possuem
forte campo magnético e emitem ondas de rádio e raios cósmicos. Por serem muito
pequenas, só são percebidas pelos pulsos das ondas de rádio. Por isso, são
chamadas também de pulsares.
Buracos Negros – A formação dos corpos celestes, aos quais
dá-se a denominação de buracos negros, é resultada a partir da perda do
equilíbrio do núcleo das estrelas. Desta forma, uma grande compressão
gravitacional é gerada, constituindo o fator responsável pelo esmagamento da
matéria destes corpos celestes.
Um grande desafio para a ciência
reside no fato do total "desaparecimento" da matéria atraída pelos buracos
negros. Tais corpos celestes possuem a maior atração gravitacional entre todos
os corpos celestes encontrados no Universo. A atração gravitacional dos buracos
negros é de tal magnitude que até os feixes luminosos incididos nas suas
proximidades são obrigados à propagação curvilínea. Portanto, sabendo-se que os
raios luminosos propagam-se em linha reta, os buracos negros são responsáveis
pela "quebra" de uma das leis da Física que regem nosso Universo.
Um buraco negro se origina quando a
velocidade de escape de um corpo equivale à velocidade da luz. Um corpo com a
massa do Sol e com um raio de 2,5 quilômetros. Os buracos negros são possíveis
pontos finais na evolução de uma estrela: é interessante notar que, enquanto as
estrelas são grandes fontes energéticas do Universo, os buracos negros
constituem verdadeiros redemoinhos energéticos, pois suas atrações
gravitacionais são incomensuráveis, podendo até atrair e desviar raios
luminosos.
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